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CEFET-MG

Perguntas e respostas

Última modificação: Sexta-feira, 17 de maio de 2024

A transformação em Universidade é possível?

O CEFET-MG atende a todos os requisitos estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996):

– Primeiro requisito: produção intelectual institucionalizada.
Em 2023, o CEFET-MG publicou mais de 980 artigos; teve mais de 1.000 projetos de pesquisa em andamento; captou mais de R$6,2 milhões na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); e contou com 16 professores com bolsa produtividade do CNPq.

– Segundo requisito: pelo menos um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado.
O CEFET-MG conta com 629 doutores e 306 mestres, dos 944 docentes efetivos, o que representa 99% de mestres ou doutores.

– Terceiro requisito: pelo menos um terço do corpo docente em regime de dedicação integral.
No CEFET-MG, 99,9% dos docentes estão atuando em dedicação exclusiva.

Atendemos a todos os requisitos estabelecidos pelo Decreto nº 9.235/2017, que regula, supervisiona e avalia as instituições de educação superior:

– Primeiro requisito: pelo menos 60% dos cursos reconhecidos e com conceito satisfatório, isto é, 3, numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo).
100% dos cursos de graduação do CEFET-MG têm conceito 4 ou 5 nas avaliações presenciais.

– Segundo requisito: programa de extensão institucionalizado.
O CEFET-MG publica editais regulares de fomento a ações de extensão com aplicação de recursos discricionários institucionais. Atualmente, há 94 ações (em todos os campi) envolvendo entidades externas e com captação de recursos.

– Terceiro requisito: Iniciação científica orientada por mestres e doutores
O CEFET-MG oferece em editais regulares 148 bolsas (FAPEMIG + CNPq); todos os campi são atendidos.

– Quarto requisito: Conceito institucional maior ou igual a 4 na avaliação externa presencial
O CEFET-MG obteve conceito máximo (5) na avaliação realizada em 2020

– Quinto requisito: Oferecimento regular de 4 mestrados e 2 doutorados
O CEFET-MG já conta com 14 mestrados e 7 doutorados, com oferta em Araxá, Belo Horizonte, Divinópolis, Leopoldina e Timóteo


Por que se transformar em Universidade Tecnológica?

Primeiramente, porque, ao ser enquadrado como Universidade, conforme estabelecido pelos os artigos 52, 53 e 54 da LDB (Lei 9.394/96), o CEFET-MG terá autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar. Em segundo lugar, pois, em diversas situações, a Instituição tem sido excluída de ações do MEC voltadas para as universidades ou para os Institutos Federais, como em redistribuição de cargos e códigos de vaga, ampliação do Banco de Professor-Equivalente do Magistério Superior, chamadas públicas de financiamento de pesquisa; tudo isso impacta diretamente seu funcionamento.


Por que uma Universidade Tecnológica?

Trata-se de um tipo de universidade especializada prevista pela LDB (Art. 52, Parágrafo único).

Somos uma instituição de educação técnica/tecnológica desde quando éramos uma Escola de Aprendizes Artífices, há mais de 100 anos. Somos a instituição pública que mais oferta vagas para cursos de engenharia em Minas Gerais. Nos transformarmos em uma Universidade Tecnológica está em nosso DNA. Faz parte de nosso processo evolutivo.


Por que UTFMG?

Somos uma instituição com grande capilaridade em Minas Gerais. Estamos presentes em nove municípios de oito regiões do Estado:

– Região Central: BH, Contagem e Curvelo
– Centro-oeste: Divinópolis
– Triângulo: Araxá
– Leste: Timóteo
– Zona da Mata: Leopoldina
– Sul: Nepomuceno e Varginha

A pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) não está restrita a Belo Horizonte. Vagas são ofertadas em Araxá, Divinópolis, Leopoldina e Timóteo. Em todos os campi são desenvolvidas ações de extensão e de pesquisa.


O que será feito após a transformação?

O CEFET-MG vai atualizar o arcabouço regulatório que estabelecerá todos os aspectos do funcionamento da Instituição, conforme previsto nos artigos 7º e 10 do Projeto de Lei.

Art. 7º As Universidades Tecnológicas Federais de que trata esta Lei terão suas atribuições específicas, suas estruturas administrativas e as competências dos órgãos estabelecidos nos Estatutos e Regimentos aprovados nos termos da legislação aplicável.
[…]
Art. 10. O Ministério da Educação promoverá, no prazo de noventa dias, a contar da publicação desta Lei, a elaboração dos Estatutos e Regimentos necessários à implantação de cada Universidade disposta no art. 1º.


Por que o CEFET-PR se transformou em UTFPR e reduziu a oferta de vagas na Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM)? Isto pode acontecer caso o CEFET-MG se transforme UTFMG?

A redução da oferta de vagas na EPTNM não foi consequência da transformação do CEFET-PR em UTFPR, mas um processo anterior à transformação. Trata-se de ocorridas ainda no final dos anos 90, com a separação do ensino médio e do técnico e a consequente eliminação da oferta dos cursos integrados. No contexto dessas mudanças, o MEC deixou de financiar o ensino médio, passando a considerar apenas os cursos técnicos no orçamento das instituições, desincentivando o ensino integrado.  No CEFET-MG, como forma de manter a articulação mínima entre ensino médio e técnico, foi adotada a “concomitância interna”, com os estudantes mantendo duas matrículas, em vez da transformação dos cursos existentes em tecnólogos. No CEFET-PR, por sua vez, a implementação da separação entre ensino médio e técnico deu-se de forma diversa.


Qual a posição do CEFET-MG em relação às universidades e institutos federais?

O Índice Geral de Cursos (IGC) é um indicador do Ministério da Educação (MEC) que considera a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado), numa escala de 1 a 5, em relação a todas as instituições de ensino superior (IES) do país. Em 2022, último ano da avaliação, o CEFET-MG ficou com nota 4. Com isso, obteve:
– 84ª posição geral entre todas as 2022 IES existentes no Brasil;
– 11ª posição entre as 248 IES em Minas Gerais;
– 7ª posição entre as 18 IES públicas em Minas Gerais;
– primeiro lugar dentre as IES da Rede Federal (CEFETs e Institutos Federais), sendo que a segunda colocada ocupa somente a 145ª posição geral no ranking de IGC contínuo.


Há universidades com oferta de cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM)?

Sim, várias universidades do país têm cursos técnicos de nível médio ministrados por professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e com orçamento próprio, como, por exemplo:

Universidade Federal de Roraima – Escola Agrotécnica
Universidade Federal do Maranhão – Colégio Universitário
Universidade Federal de Alagoas – Escola Técnica de Artes
Universidade Federal de Minas Gerais – Colégio Técnico
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Centro de Formação em Saúde
Universidade Federal de Uberlândia – Escola Técnica de Saúde
Universidade Federal de Viçosa – Centro de Ensino e Desenvolvimento Agrário
Universidade Federal do Pará – Escola de Música
Universidade Federal da Paraíba – Escola Técnica de Saúde
Universidade Federal do Piauí – Colégio Agrícola de Floriano
Universidade Federal de Pelotas – Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça
Universidade Federal de Santa Maria – Colégio Politécnico


Por que uma Universidade Tecnológica em Minas Gerais?

1. Porque o CEFET-MG é, essencialmente, uma instituição tecnológica. Há 114 anos, desde sua origem como Escola de Aprendizes e Artífices até a transformação em CEFET-MG, em 1978, tem como foco a formação para o trabalho, com reconhecida excelência da formação nas áreas tecnológicas e na qualidade dos seus egressos nos cursos técnicos de nível médio, na graduação, no mestrado e no doutorado.

2. Porque diferentes regiões do Estado de Minas Gerais contarão com um campus de Universidade Tecnológica Federal com atuação em ensino, pesquisa aplicada, extensão comunitária, inovação e transferência de tecnologia, fortemente integrados com as demandas locais. A UTFMG estará onde o CEFET-MG está: Belo Horizonte, Leopoldina, Araxá, Divinópolis, Timóteo, Curvelo, Varginha, Nepomuceno e Contagem.

3. Porque o CEFET-MG já promove um ensino verticalizado de excelência, com a formação, em um mesmo ambiente acadêmico, de jovens nos cursos técnicos, na graduação, no mestrado e no doutorado. A interação direta entre estudantes de diferentes níveis de formação dá-se, por exemplo, nos grupos de pesquisa e de extensão, bem como nas conexões curriculares entre cursos da educação profissional e da graduação e entre a graduação e a pós-graduação. Na última avaliação institucional realizada pelo MEC, em 2020, esse modelo de ensino verticalizado justificou o conceito máximo atribuído ao CEFET-MG: NOTA 5.

4. Porque a Universidade Tecnológica é parte do projeto de desenvolvimento do país. A transformação fortalecerá nossa atuação em temas cruciais, como o processo de reindustrialização, a adaptação das cidades às mudanças climáticas e a transição energética, entre outros, que ampliarão as oportunidades para nossos jovens e contribuirão para o desenvolvimento do Brasil e de Minas.